quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Onde está a IDEIA?


Essa é a pergunta tema que estimula os profissionais da comunicação, especialmente os publicitários participantes da edição de 2011 do Festival Mundial de Publicidade de Gramado a reflexão.  Na noite de ontem, 31 de agosto abria oficialmente a 18ª edição do festival que atrai profissionais e estudantes de toda a América Latina, e figura como um dos mais representativo festivais da área.
Esse ano, eu, Alex do Nascimento, planner (planejamento/atendimento) da Z Comunic embarquei nessa aventura de participar dessa experiência. Aliás, EXPERIÊNCIA é a palavra, termo ou conceito da nova era da comunicação. Nunca se falou tanto em um termo como esse, com infinitas possibilidades de emprego e significados. Na primeira noite do festival isso não foi diferente. Experiência é o conceito que deve ser transpirado pelas marcas para se obter sucesso em um mercado cada vez mais competitivo. O próprio conceito foi transposto por alguns estandes de patrocinadores do evento como o do grupo RBS que possibilita ao participante do evento, fotografar e postar simultaneamente uma foto tirada no estande através de um painel interativo sua fotografia em suas redes sociais como facebook ou twitter.
Mas o que mais me chamou atenção nessa primeira noite, não foi essa artimanha tecnológica, bem pelo contrário, foram os sábios questionamentos e reflexões apresentadas pelo presidente da ALAP, sr. João Firme de Oliveira que nos lembrou da importância e do papel imprescindível da propaganda e do publicitário para a sociedade moderna.   Ele nos lembra que publicidade é o casamento  entre a arte e o mercado, e que todo publicitário tem, e deve ter alma e essência de artista. O grande desafio do profissional é a INOVAÇÃO, e não a linguagem.  Vale salientar que o conceito uníssono que impera é que para a nova geração de consumidores IMAGEM e SENSAÇÕES são os conceitos fundamentais.

Em seu discurso extremamente bem elaborado, que inclusive gerou conversas paralelas e elogios entre os que me rodeavam, ele lembra da citação de Nizan Guanaes durante a edição passada do festival: “ O sucesso não é uma meta, mas uma mera consequência “ .
Já o presidente do Festival, o sr. Roberto Callage começou sua palestra nos lembrando da tríade básica da publicidade: Conteúdo | Ideia | Criatividade.
Nesse sentido, ele nos lembra que a propaganda e a publicidade fazem parte da vida das pessoas, dos processos culturais de cada sociedade, embora diferentemente de épocas passadas, o novo consumidor, agora além de consumir a informação também produz ela. Ou seja, rompemos as barreiras entre o off-line e o on-line.
Quanto a escassez de ideias característica de nosso tempo, o palestrante nos lembra: “ Sem ideias saímos do nada para o lugar algum”.
Já Luiz Lara, presidente e sócio da Lew’Lara (campanhas como a do Pônei Maldito da Nissan, Naldecon)  grande palestrante da noite, começa instigando quanto à necessidade do profissional da comunicação ser curioso, para ele, devemos saber questionar mais, do que apenas responder.

Ele nos lembra que os desejos ou aspirações de consumo das pessoas, são necessidades de aceitação. Somos e usamos marcas o tempo todo, por amarmos marcas, e confiarmos em marcas.
Nesse cenário a publicidade tem como função conectar a marca ao consumidor.
Ele nos revela que pesquisas demonstram que o atributo informação e preço não são decisivos no ato de compra através do estimulo publicitário, e sim pela criatividade e pela conexão da marca com o consumidor. A propaganda deve ser um reforço para a identidade da marca, e como um facilitador na decisão de compra e de relevância  na vida da pessoa.  A propaganda deve criar um diálogo com o consumidor, afinal, hoje em dia com as redes sociais, é muito mais interessante estimular que o teu consumidor queira fazer parte da história que é contada por uma marca, do que simplesmente degluti-la.
Para ele a marca é o maior ativo de uma empresa, por isso o trabalho de gestão, deve iniciar internamente, no que chamamos de Brand Inside, ou Brand Indoor.
Na era da Experiência muitas vezes uma campanha não inicia com uma peça em mídia tradicional, mas sim com um evento, ou com uma ação de guerrilha.
Ele também fala do modelo de gestão e de trabalho de sua agência que nos últimos anos desponta como uma das mais importantes no cenário nacional, para ele as agências modernas devem se reposicionar no mercar como CONSULTORAS ESTRATÉGICAS, abrigando serviços e profissionais interdisciplinares para melhor atenderem as demandas do mercado.
Amanhã posto mais novidades sobre o festival! Aguardem... 


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